“...
abre-me os teus olhos e deixa-me mergulhar no teu olhar... abre-me os
teus braços e deixa-me enlaçar no calor de um abraço... abre-me os
teus lábios e deixa-me sentir o mel do teu beijo... abre-me o teu
corpo e deixa-me ser possuído pelo desejo... abre-me a tua alma e
deixa-me penetrar o teu ser... sentir tudo o que sei teres para me
dar... amor de tanto amar... abre-me os teus ouvidos e deixa-me
sussurrar as meigas palavras que tanto gostas de ouvir... e pele com
pele sabermos que somos e sentirmos o doce aroma do mar que nos
embala no cheiro da maresia que de nós mesmos exala... olharmos o
interior do sermos apenas um acto de amor... mergulhar na seiva que a
pele produz no sabor pleno em que tudo se transforma em luz... e o
sol nos sorri, numa conspiração mútua do que ele sabe sobre mim e
sobre ti... e o calor que nos abrasa arrefece-o porque mais forte que
ele... e o amor preenche o momento em que nada mais somos do que
pétalas suaves vogando nos ares como as asas das aves... e o seu
planar, em pleno voo, de tanto sentirmos, tu te me entregas e eu a ti
me doo...”
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