“… o
tempo demasiadamente lento… as horas e os dias demoram eternidades…
sente-se a pressa e as saudades… é preciso que as horas voem… é
preciso que a manhã do dia seguinte surja rápida com a certeza de
mais um dia que passou… é menos um dia na contagem voraz de quem
sente desejo de um novo encontro para sentir a tal paz… a
serenidade do abraço que nada tem de sereno mas de forte, de pura
ternura e ao mesmo tempo de paixão… rege-se então a dádiva
da presença… gostosa… imensa… e os corpos se abraçam num
rodopiar sem fim, num beijo prolongado, doce, com sabor a jasmim… e
a ternura e o amor não termina ali… prolonga-se na alma do sentir
que se ama… perde-se então a noção do tempo que se ganhou na
espera… é um momento mágico aquele em que enlaçados, deixamos de
ser o que somos para passarmos a ser o beijo de um tão doce e eterno
desejo…”
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