"...quantas
e quantas vezes, ou talvez não, pedimos um milagre... algo que nos
mude a vida para melhor, algo que nos faça deixar de sofrer, algo
que nos tire a lágrima que teima em correr, algo que nos permita
sorrir para sempre e não mais ser dor... quantas e quantas vezes, ou
talvez não, pedimos um milagre... algo que nos modifique a forma de
ser, de podermos ser melhores ou até mesmo de podermos ajudar os
outros... algo que tire o sofrimento no mundo, algo que permita a paz
entre as pessoas... quantas e quantas vezes, ou talvez não, pedimos
um milagre... um milagre para nós!... Estamos sempre a pedir um
milagre na nossa vida; estamos sempre a pedir um milagre que nos tire
a dúvida, a dor, a fome, o desânimo, a doença e tantas outras
coisas que nos atormentam... tantas e tantas vezes e o milagre não
vem e amaldiçoamos a prece por ela não ser ouvida... talvez fosse
melhor não pedir um milagre... talvez fosse melhor sermos nós
próprios o próprio milagre: mudarmos a nossa maneira de sentir o
que somos e passar a sentirmos o que queremos ser; talvez nos baste
sentir o que queremos e alegrar-mo-nos com o que temos, com o que nos
é dado usufruir... talvez nos baste sentir o que queremos ser e
sermos o próprio milagre... quantas e quantas vezes, ou talvez não,
pedimos um milagre e esquece-mo-nos de o "fazer", de o
"elaborar", de o "conquistar"... de sermos nós a
agir..."
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