“…desenhei
meu corpo nas águas profundas do rio que em mim corre e nele me
percorri em tons de azul, cor do céu que nunca morre… desenhei
minha alma nas ondas do poderoso mar que fora de mim se move e nele a
desenhei em tons de branco nobre, leves, mas sóbrios… desenhei meu
corpo na minha alma e a mistura se fundiu em tons vermelhos de sangue
puro… e minha alma, pária de si própria, desenhou no meu corpo a
felicidade de se saber comigo e não mais solitária… desenhei, por
fim, no mais profundo de mim, um campo de flores, pleno de todas as
cores, exalando todos os perfumes, completamente preenchidas com
todas as vossas dores…”
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